16/12/2019
Líderes de Arranjos Produtivos Locais (APLs), e representantes do comitê de Governança para o Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), do Estado do Paraná, se reuniram nesta terça-feira (13), na sede do Sebrae em Curitiba, para debater estratégias conjuntas com o objetivo de atingir resultados satisfatórios. Dentre os principais itens da pauta de reunião esteve o fator ‘internacionalização’. Vistos como propulsoras e referência para inovação, as empresas de TIC são fundamentais no cenário atual, segundo entendimento dos líderes regionais.
Uma série de iniciativas visa dar celeridade e visibilidade àquilo que permeia o setor, tanto a nível nacional, quanto internacional.
A interação entre empresas, academia, entidades de governo e sociedade civil organizada nos processos estratégicos é imprescindível para todas as partes envolvidas, segundo entendimento da diretoria da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR). “Com intuito de ampliar o entendimento das problemáticas setoriais de TIC, conduziremos em 2018 ao desenvolvimento de uma série de boletins de análise conjuntural orientados à produção de informação qualificada para o setor de TIC do Estado do Paraná”, ressalta o presidente da entidade, Adriano Krzyuy.
A elaboração e a publicação desses boletins é resultado de uma parceria entre a Assespro-PR e o Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Cenário positivo
O cenário de TIC no Estado, em comparação à conjuntura nacional e internacional, foi destaca pelo professor Victor Pelaez, do Departamento de Economia da UFPR. “Temos números positivos. Enquanto Brasil é deficitário na balança comercial, o Paraná é superavitário, com bom desempenho em consultoria de segurança de TI e serviço de projetos de desenvolvimento de aplicativos e programas em TI”, salienta.
Lei de Inovação
Algumas expectativas de incentivo são mantidas pelas empresas e demais instituições. A Lei de Inovação, por exemplo, está em fase final de elaboração e, deve representar a possibilidade de incentivos. Uma das cobranças é, que empresários, núcleos e APLs participem da conclusão do projeto para, posteriormente ser enviado à Assembleia Legislativa do Paraná para apreciação dos deputados.
Desde o final de 2017 uma comissão de revisão trabalha com vistas à conclusão da redação final que deve ditar as normas em diferentes quesitos da legislação.
Plano de ação
Além disso, a governança do Estado, com a colaboração dos arranjos produtivos locais, caso, por exemplo, da Associação da Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação do Oeste do Paraná (Iguassu-IT), liderado pela Assespro, definiu o Plano de Ação 2018, com base na missão de ‘ser o principal polo de negócios de TIC da américa latina até 2035’.
A atualização da Lei de Inovação, a realização de treinamentos, o Encontro da Rede APL de TIC em Cascavel no dia 13 de abril, o Paraná TIC (de 01 a 03 de agosto em Foz do Iguaçu), a internacionalização, o Observatório Nacional das Cidades Inteligentes e parcerias estão entre os quesitos que compões as estratégias de fomento e desenvolvimento de TI no Estado, conforme deliberado na reunião da Governança.
PTI
Com sede no Oeste do Paraná, o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), representa uma instituição potencial para alavancar o setor. Alguns projetos foram destacados pelo gerente de TIC, do PTI, Carlos Araújo. Entre os destaques está um projeto para criar laboratórios de tecnologia para crianças de 1° a 5° anos, principalmente em robótica e pensamento lógico. O ‘Internet para Todos’ é outro avanço, além de projetos em fase de negociação e concretização de parcerias.
INNOV-AL
Um consórcio de quatro empresas internacionais, Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), Infyde, VTT e Eurada, possibilitou o desenvolvimento do Projeto INNOV-AL com a União Europeia, apresentado na reunião da Governança, seguido de oficina com as consultoras Coroline Turcato e Maria Toivanen.
Treinamentos, visitas técnicas e cooperação estão entre as iniciativas do Projeto, o que também é um dos objetivos de suporte para atingir melhores resultados de internacionalização no Estado.